“A vida é bela”: para ler legendas e para humanizar-se
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v27i60.1570Palavras-chave:
"A vida é bela", legendas cinematográficas, humanizaçãoResumo
A aprendizagem de atos de ler em ambientes escolares pode resultar do encontro de crianças com a pluralidade de gêneros dos enunciados, com suportes vários e mídias. Filmes legendados oferecem às crianças as condições para que aprendam a negociar, no silêncio, os sentidos das legendas. Este artigo relata uma atividade de pesquisa e de extensão com o filme italiano “La vita è bella” (“A vida é bela”), desenvolvida com um pequeno grupo de crianças, entre 6 e 10 anos, em uma organização não governamental (ONG), em Marília, SP, apoiada nos princípios de metodologia das ciências humanas desenvolvidos por Bakhtin e no conceito de massa aperceptiva de Jakubinskij. Os diálogos entre crianças e pesquisadores, gravados e analisados sob a lente desse referencial, evidenciam que as crianças aprendem a negociar rapidamente sentidos; interessam-se por debater temas tensos, como a opressão e a violência contra crianças e minorias étnicas e, por essa razão, humanizam-se; tornam-se também, pouco a pouco, apreciadoras de filmes com boa qualidade estética.
Referências
BAKHTIN, M. Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. São Paulo: Editora 34, 2017.
JAKUBINSKIJ, L. Sur la parole dialogale. In: JAKUBINSKIJ, L. Une linguistique de la parole (URSS, années 1920-1930). Limoges: Lambert Lucas, 2012. p. 109-127.
A VIDA é Bela. Direção de Roberto Benigni. Melampo Cinematografica. Arezzo: Cecchi Gori Group, 1997. Vídeo (116 min.), son., color.
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