Regulação educacional por resultados: (re)definições a partir de argumentos do Banco Mundial no cenário pós-2000
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v28i62.1763Palavras-chave:
Banco Mundial, educação pública, regulação educacional por resultadosResumo
O presente estudo trata da regulação na perspectiva que enfatiza a produção de resultados no campo educacional, consoante ao que o Banco Mundial (BM) concebe e imprime em seus encaminhamentos para a educação de diversos países. Para tanto, apreende e analisa argumentos constantes em uma amostra das publicações da agência, como forma de evidenciar sua concepção sobre essa perspectiva de regulação, que assume centralidade com as mudanças na dinâmica do capital a partir das décadas finais do século XX. Fundamentando-se no materialismo histórico e em subsídios teórico-metodológicos que incluem o discurso enquanto texto, prática discursiva e prática social, o artigo destaca que, apesar da atualização das recomendações do BM, a ideia de uma educação de qualidade para todos é uma preocupação central na amostra de documentos examinada. Também destaca que suas redefinições ao longo do tempo incluem prioridades e estratégias que situam a orientação por resultados como algo necessário à educação contemporânea e que é um dos fundamentos das reformas que esse organismo econômico estimula, propõe e realiza. Conclui assinalando que, por um lado, o BM corrobora o fortalecimento da hegemonia burguesa, atuando em favor de uma concepção de regulação educacional com foco nos resultados e que, por outro, a sua agenda está em evolução. Nesse movimento, o próprio conceito de regulação por resultados é uma lógica em expansão.
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