Políticas educativas e identidades organizacionais: ambiguidades e hibridismo
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v22i44.924Palabras clave:
Transformação identitária, nova gestão pública, projeto educativo.Resumen
Vários estudos têm demonstrado que, um pouco por todo o mundo, as transformações ocorridas no campo educativo por influência da nova gestão pública apontam para uma certa hegemonia do ideal empreendedor de organização. Se é verdade que, a partir da década de 1990, as organizações escolares se tornaram mais burocráticas porque o investimento na ‘qualidade’ foi formalizado, estruturado e associado à estrutura hierárquica das instituições, não podemos deixar de atentar a certos traços identitários próximos do ‘empreendedorismo’, ou que alguma vez tenham perdido de vista o ideal profissional. Ao refletir sobre o processo de transformação identitária das organizações escolares, aquilo que procuramos demonstrar neste texto, é que à entrada da 2ª década do século XXI, os agrupamentos de escolas portugueses se estão a tornar ‘empreendedores’ porque pressionados pela ‘ecologia de mercado’, reorientando-se, crescentemente, para a prestação de contas, para a satisfação dos seus ‘públicos’ e para a construção de uma imagem que lhe seja favorável nas relações de troca que estabelece com diferentes partes. Mas isso, não significa que alguma vez tenham deixado de ser burocraticamente geridas e que os profissionais docentes tenham deixado de exercer as suas próprias pressões.
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