Experiencias de “camuflaje” de género: personas trans y el uso del nombre social en una universidad pública del Centro-Oeste brasileño
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v27i59.1578Palabras clave:
nombre social, universidad, reconocimientoResumen
Este artículo analiza el uso del nombre social por personas trans (travestis, transexuales y no binarios) en una universidad pública del Centro-Oeste brasileño. Mediante entrevistas semiestructuradas y del marco teórico post-crítico en Educación, se discuten las experiencias de cuatro estudiantes universitarios en busca del reconocimiento, por su nombre, del género con que se identifican. Se señala cómo el nombre social se vuelve importate, pero no necesariamente resuelve todas las dificultades de acceso y permanencia en la Educación Superior. El análisis cualitativo de los datos señala las debilidades jurídicas que establecen el uso del nombre social y, a la vez, los límites culturales normativos de los procesos de producción de identidades de género en una perspectiva post-identitaria, es decir, más allá de los sujetos trans. Se concluye que el uso del nombre social compone un régimen de visibilidad de género que favorece un “camuflaje”, permitiendo una determinada “vida social”, gestionada estratégicamente en diferentes contextos, especialmente en la universidad.
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