História escolar no Brasil: uma história etnocêntrica
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i15.527Resumo
O presente texto, discute, a partir de um horizonte intercultural o processo histórico escolar no Brasil. Busca, não seguir uma história evolutiva, mas a partir de “fragmentos”, refletir como a escola foi desencadeada dentro da lógica monocultural, ou seja, foi utilizada tendo em vista a homogeneização cultural no Brasil. Neste sentido, as culturas indígenas e negras foram as que mais sofreram os processos de discriminação inerentes à lógica da homogeneização, pois foram vistas pela cultura branca como inferiores e como ameaça à identidade nacional, identidade essa, associada a identidade branca. Mesmo que esta identidade nacional branca, nunca tenha sido alcançada concretamente, trouxe para os grupos marginalizados, inúmeras dificuldades sobretudo pela sua força simbólica. A escola, neste contexto, teve um papel central, seja segregando as culturas indígenas e negras, ou incutindo-lhes os valores brancos como sendo superiores. Apesar desta conotação histórica da escola, é possível, apostar numa escola, como espaço de vivência sadia da diferença cultural, se desencadeada a partir de um horizonte intercultural.
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