Escrita e oralidade: cultura e linguagem na formação de professores indígenas
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i15.532Resumen
O presente texto procura desenvolver uma reflexão sobre alguns desafios da formação de professores indígenas que passam por questões metodológicas, pedagógicas e teóricas que envolvem a explicitação de conceitos, entre os quais, o de cultura, história e linguagem. Dessa preocupação central pode-se pensar numa tensão fundamental entre a tradição oral e a escrita. A educação indígena precisa dar conta dos elementos provenientes da tradição e os elementos novos emergentes do contexto onde estão situadas as comunidades indígenas. A educação diferenciada de que fala a legislação precisa criar condições para um diálogo permanente entre a cultura, a história, a linguagem dos grupos étnico-culturais com o conhecimento universal. Esse conhecimento universal não pode se impor no sentido de destruir a cultura e as tradições, mas necessita reafirmar uma identidade própria dos indígenas no contexto das exigências contemporâneas. Essa identidade não se dá simplesmente pela recuperação das tradições do passado mas por uma articulação dinâmica entre essa base histórica com os elementos novos.
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