A aprendizagem colaborativa, porquê?

Autores/as

  • Gorete Pereira Departamento de Ciências da Educação. Faculdade de Ciências Sociais, Universidade da Madeira

DOI:

https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v23i47.1109

Palabras clave:

construtivismo, teoria sociocultural, aprendizagem colaborativa, zona de desenvolvimento proximal, competências.

Resumen

Este artigo pretende situar a aprendizagem colaborativa, cujo referencial teórico assenta-se na concepção construtivista da aprendizagem. Essa concepção privilegia o sentido e a sua construção, sendo que a aprendizagem é a “construção de sentido”. O ambiente de aprendizagem adquire uma nova importância no quadro desta abordagem, nomeadamente na contextualização das aprendizagens e nos processos de participação do indivíduo na comunidade, através dos quais se desenvolvem práticas colaborativas. Nessa perspetiva as conceções construtivistas assumem particular relevo no quadro atual da intervenção educativa e da prática pedagógica.

Biografía del autor/a

Gorete Pereira, Departamento de Ciências da Educação. Faculdade de Ciências Sociais, Universidade da Madeira

Maria Gorete Gonçalves Rocha Pereira é Doutorada em Ciências da Educação na área de especialização de Inovação Pedagógica, pela Universidade da Madeira e Mestre em Educação na Área de Supervisão Pedagógica pela mesma universidade. É Professora Auxiliar Convidada a tempo integral na Universidade da Madeira na Faculdade de Ciências Sociais - Departamento de Ciências da Educação, onde exerce funções docentes e de supervisão pedagógica. Com afetação às áreas disciplinares de Prática Pedagógica, Correntes Contemporâneas da Pedagogia e Investigação em Educação, leciona aos cursos de licenciatura em Educação Básica e Ciências da Educação e aos mestrados de Educação Pré-escolar e Ensino 1º ciclo do Ensino Básico, Inovação Pedagógica, Supervisão Pedagógica e Administração Educacional. Tem dado seguimento a investigações decorrentes das suas áreas de interesse, na qualidade de investigadora integrada do Centro de Investigação em Educação da Universidade da Madeira (CIE-UMa). As suas áreas de investigação são: Cenários de Aprendizagem, Etnografia, Contextos da Prática Pedagógica, Processos de Supervisão Pedagógica, Movimentos Pedagógicos e Inovação Pedagógica.

Citas

ARENDS, R. Aprender a ensinar. Lisboa: McGraw-Hill, 1995.

BATES, A. Technology, open learning and distance education. London: Routledge, 1995. Disponível em: <http://www.tonybates.ca/2008/07/21/technology-open-learning-and-distance-education/>. Acesso em: 20 jul. 2009.

BESSA, N.; FONTAINE, A. Cooperar para aprender: uma introdução à aprendizagem cooperativa. Porto: Edições Asa, 2002. (Coleção Práticas Pedagógicas).

CANAVARRO, J. Ciência e sociedade. Coimbra: Quarteto Editora, 1999. (Coleção Nova Era).

CARVALHO, A.; PINTO, C.; BAPTISTA, A.; MONTEIRO, P. Desenvolvimento de Flexibilidade Cognitiva através da plataforma Web Flexml, 2003. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/371>. Acesso em: 13 jul. 2009.

CASANOVA, I. Dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. Lisboa: Editorial Notícias, 2002.

COLL, C. Concepções e tendências atuais em psicologia da educação. In: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da educação escolar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004a. Vol. 2, p. 19-42.

______. Construtivismo e educação: a concepção construtivista do ensino e da aprendizagem. In: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da educação escolar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004b. Vol. 2, p. 107-127.

COLL, C.; MARTÍ, E. Aprendizagem e desenvolvimento: a concepção genético-cognitiva da aprendizagem. In: COLL César, MARCHESI, Álvaro, PALACIOS, Jesús. Desenvolvimento psicológico e educação. Psicologia da educação escolar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 45-59. v. 2.

DIAS, P. Hipertexto, hipermédia e media do conhecimento: representação distribuída e aprendizagens flexíveis e colaborativas na Web. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 13, n. 1, p. 141-67, 2000.

DILLENBOURG, P. Introduction: what do you mean by “Collaborative Learning”? In: DILLENBOURG, P. (Ed.). Collaborative learning, cognitive and computational approaches. Oxford: Elsevier. 1999. p. 1-19.

DILLENBOURG, P.; BAKER, M.; BLAYE, A.; O’MALLEY, C. The evolution of research on collaborative learning. In: SPADA, E.; REIMAN, P. (Ed.). Learning in Humans and Machine: towards an interdisciplinary learning science. Oxford: Elsevier, 1996.

FINO, C. Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 14, n. 1, p. 273-91, 2001.

______. Um software educativo que suporte uma construção de conhecimento em interacção (com pares e professor). In: SIMPÓSIO DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE EDUCATIVO, 3., 3-5 set. 1998, Évora. Anais... Évora: Universidade de Évora, 1999. [CD-ROM].

FLAVELL, J. Cognitive development. Englewood-Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1985.

FONTES, A.; FREIXO, O. Vygotsky e a aprendizagem cooperativa: uma forma de aprender melhor. Lisboa: Livros Horizonte, 2004.

FREITAS, L.; FREITAS, C. Aprendizagem cooperativa. 1. ed. Porto: Edições Asa, 2003.

GARNER, C.; BEDNARZ, N.; ULANOVSKAYA, I. Após Vygotsky e Piaget. Perspectivas social e construtivista escolas russa e ocidental. In: GARNER, C. (Coord.). A aprendizagem como atividade letiva: escolha e organização das actividades segundo as correntes soviética e sócioconstrutivista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

JOHNSON, D.; JOHNSON, R. Aprender juntos e solos: aprendizaje cooperativo, competitivo e individualista. Argentina: Aique, Grupo Editor S. A, 1999.

______. Learning together and alone: cooperative, competitive, and individualistic Learning. 4. ed. Boston: Allyn & Bacon, 1994.

JONASSEN, D.; GRABINGER, R. Problems and issues in designing hypertex/hypermedia for learning. In: JONASSEN, D.; MANDL, H. (Ed.). Designing hypermedia for learning. Berlin: Springer-Verlag, 1990.

KAGAN, S. Cooperative learning. San Clemente: Kagan, 1994.

LITTLETON, K.; HAKKINEN, P. Learning together: understanding the processes of computer-based collaborative learning. In: DILLENBOURG, P. (Ed.). Collaborative Learning: cognitive and computational approaches. New York: Pergamon, 1999. p. 20-30.

MIR, C. (Coord.). Cooperar em la escuela: la responsabilidad de educar para la democracia. Barcelona: Biblioteca de Aula, 1998.

PANITZ, T. A definition of collaborative vs cooperative learning. 1996. Disponível em: <http://www.londonmet.ac.uk/deliberations/collaborative-learning/panitz-paper.cfm>. Acesso em: 29 jul. 2009.


PIAGET, J. Piaget: mes idées. Paris: Denoel/Gonthier, 1977.

PUJOLÁS, P. Atención a la diversidad y aprendizaje cooperativo en la educación obligatoria. Málaga: Ediciones Aljibe, 2001.

SALVADOR, C.; ALEMANY, I.; MARTI, E.; MAJÓS, T.; MESTRES, M.; GODI, J.; GALLART, I.; GIMÉNEZ, E. Psicologia do ensino. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SANCHES, M. Aprendizagem cooperativa: resolução de problemas em contexto de auto-regulação. Revista de Educação, Lisboa, Portugal, v. IV, n. 12, 1994.

SANTOS, B. Comunidade escolar e inclusão. Quando todos ensinam e aprendem com todos. Lisboa: Instituto Piaget, 2007. (Coleção Horizontes Pedagógicos).

SOUSA, C. A Teoria Sociocultural de Vygotsky. In: MIRANDA, Guilhermina Lobato; BAHIA, Sara. (Org.). Psicologia da educação. Temas de Desenvolvimento, Aprendizagem e Ensino. Lisboa: Relógio d’Água, 2005.

SPIRO, R.; JEHNG, J. Cognitive flexibility and hypertext theory: theory and technology for the nonlinear and multidimensional traversal and complex subject matter. In: NIX, D.; SPIRO, R. (Ed.). Cognition, education and multimedia. Hillsdale, N. J.: Lawrence Erlbaum Associates, 1990.

SPIRO, R.; COULSON, R.; FELTOVICH, P.; ANDERSON, D. Cognitive Flexibility Theory: advanced knowledge acquisition in Ill-Structured domains. In: PATEL, V. (Ed.). In: ANNUAL CONFERENCE OF THE COGNITIVE SCIENCE SOCIETY, 10., Hillsdale, NJ, 1988. Anais… Hillsdale: Lawrence Erlbaum, 1988. p. 375-83.

______. Teoria e método em Psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

VYGOTSKY, L. Mind in society-the development of higher psychological processes. Cambridge, MA: Havard University Press, 1978.

Publicado

2018-04-12

Cómo citar

Pereira, G. (2018). A aprendizagem colaborativa, porquê?. Série-Estudos - Periódico Do Programa De Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, 23(47), 5–25. https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v23i47.1109

Número

Sección

Artigos