TY - JOUR AU - Oliveira, Anna Luiza A R Martins de PY - 2019/12/04 Y2 - 2024/03/29 TI - Apresentação do Dossiê JF - Série-Estudos - Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB JA - Serie-Estudos VL - 20 IS - 52 SE - Dossiê: Gênero e Sexualidade: lutas no currículo em tempos de novos mapas políticos e culturais DO - 10.20435/serie-estudos.v20i52.1399 UR - https://serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos/article/view/1399 SP - 3-7 AB - As políticas curriculares e os currículos são radicalmente atravessados por lógicas de produção de subjetividades engendradas e sexualizadas. São articulações discursivas elaboradas continuamente através de negociação com outros discursos e foros – escolas, secretarias, ministérios, academia, comunidades disciplinares, agências multilaterais, mercado, movimentos sociais, mídia, religiões etc. – locais de construção, multiplicação, tensionamento e deslocamento de sentidos sobre gênero e sexualidade. No Brasil, mormente na primeira década do século XXI, observou-se a emergência de políticas pautadas num novo dispositivo ou regime de sexualidade ancorado em torno dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos (CARRARA, 2015) que, entre outros aspectos, investem no fomento à pesquisa, produção de materiais didáticos e formação docente sobre equidade de gênero e enfrentamento à LGBTfobia. Nos últimos anos, entretanto, surge um cenário político-discursivo fortemente articulado a lógicas econômicas ultraliberais e ao fundamentalismo religioso que evoca a desigualdade social como corolário da “meritocracia”, os direitos humanos como meio para proteger pessoas com “comportamentos antissociais” e a educação escolar pública como instrumento de “doutrinação” (MIGUEL, 2016). Este dossiê é constituído por sete artigos produzidos por pesquisadoras e pesquisadores de diferentes instituições, regiões, trajetórias pessoais e tradições teórico- metodológicas, investe na análise crítica e contestação de discursos e projetos que, através da disseminação do pânico moral (RUBIN, 1993), da racionalidade cínica (SAFATLE, 2008) e da estigmatização dos estudos de gênero e sexualidade (CORREIA, 2018; JUNQUEIRA, 2018), miram a invisibilização dos problemas e o silenciamento das vozes que discutem e questionam os processos de produção e negociação dos sentidos sobre gênero e sexualidade no campo da educação. ER -